Nos dias 2 e 3 de julho ocorreu, no auditório do LIneA, a revisão do planejamento estratégico do período de 2019-2022 com o objetivo de realinhar diretrizes e debater questões importantes identificadas durante a realização dos projetos no 1º semestre (Figura 1). O evento contou com a participação do coordenador do LIneA, pesquisadores pró-ativos nos projetos sendo desenvolvidos e as lideranças da equipe de TI.
Inicialmente foi feita uma revisão do trabalho realizado durante o evento de janeiro (Figura 2), quando foram identificas demandas e idéias para cada área de atuação do LIneA que levou a definição de 80 projetos, Em seguida foi apresentada a evolução do trabalho durante o 1º semestre, dando destaque às duas frentes de atuação: estratégica e operacional (como mostrado na Figura 3). No decorrer deste período as equipes técnicas encontraram diversas questões que, aliadas à novas demandas identificadas junto aos projetos de colaboração científica, necessitam avaliação de alternativas, diretrizes e definição de soluções.
Para organizar a discussão foi adotada uma abordagem com base em três pilares estratégicos que sustentam o LIneA no cumprimento de sua missão: portais, serviços públicos e iDAC (Figura 4). O pilar “portais” engloba os portais científicos que apoiam os grupos de trabalho que atuam junto às colaborações, visando promover o processamento de grandes volumes de dados de forma eficiente, bem como garantir a gestão e análise de resultados. Foi destacado o DES Portal e sua prontidão operacional necessária para tratar os dados do do sexto (Y6) e último ano de observação do DES que serão liberados pela colaboração científica em agosto deste ano. O LSST Portal, com seus desafios relacionados aos grandes volumes de dados, foi outro destaque apontado.
O pilar “serviços públicos” consiste em um conjunto de ofertas voltadas à comunidade científica em geral, que necessita acessar dados públicos e utilizar um ambiente para desenvolver suas pesquisas de forma independente, sem estar necessariamente filiado a uma colaboração.
No pilar “iDAC” se encontram as melhorias de processo e da infraestrutura do LIneA necessárias para dar sustentação a análise de grande volume de dados, capacitando-se assim para ser um dos centros de distribuição e acesso a dados do LSST que inicia observações com a câmera de teste em 2020.
Os debates seguiram ao longo dos dois dias do evento com discussões relacionadas aos diversos temas das diferentes camadas da estrutura de software e de infraestrutura do LIneA, entre os quais: 1) transferência, instalação e preparação de dados; 2) pipelines científicos dos diferentes grupos de trabalho; 3) utilização e monitoramento dos recursos de infraestrutura; 4) documentação; 5) autorização e acesso a dados; 6) orquestração; 7) ferramentas de banco de dados; 8) escalonadores de tarefas; 9) autenticação de usuários; 10) repositórios de código.
Ao final do evento foram definidos Tiger Teams focados em assuntos específicos, com participantes de diferentes áreas interessadas, para solucionar as questões discutidas durante o evento. O Tiger Team é uma estratégia originalmente adotada pela NASA reunindo profissionais altamente capacitados em diferentes especialidades para resolver um conjunto de problemas complexos.
O LIneA é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos. O LIneA e o INCT do e-Universo também apoiam brasileiros participantes de grandes levantamentos astronômicos, como o projeto DESI, o DES e o LSST.
