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SNCT

O LIneA (INCT) participou ativamente da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) de 2019, que ocorreu entre os dias 6 e 9 de Novembro, com mais de 500 atendimentos ao público.

Figura 1

O stand da participação do LIneA ficou localizado dentro das dependências do Observatório Nacional, e propôs explicar para o público em geral como é o trabalho dos astrônomos e o que eles pesquisam na era dos grandes levantamentos de dados. Explicamos o trabalho realizado no laboratório através de vídeos, imagens e apresentações. Os palestrantes presentes no stand foram todos cientistas, pós-doutorandos e estudantes do LIneA. Os ouvintes ficaram surpresos com os objetos astronômicos de pouco conhecimento do público. Todos se surpreenderam com os resultados dos trabalhos apresentados, como por exemplo o asteróide Chariklo, que possui anéis orbitando o objeto.

O LIneA é um laboratório com finalidade de dar suporte à levantamentos astronômicos que geram grandes volumes de dados. O armazenamento e a análise desses dados requer especialistas em tecnologia da informação que trabalham em conjunto com os astrônomos. O nosso objetivo também foi explicar como este trabalho é realizado em laboratórios, utilizando a tecnologia atual. Foi grande a curiosidade e o espanto com as explicações sobre os novos telescópios e aqueles que estão por vir, como é o caso do LSST (Large Synoptic Survey Telescope).

No stand foram distribuídos aos alunos quebra-cabeças de uma imagem da galáxia NGC 1672 tomada com a câmera do levantamento da energia escura (DECam). Isso proporcionou a eles compreender que muitas imagens de astros que são vistas na internet não são apenas visões artísticas e que existe muito trabalho e estudo por trás destas imagens. Outro quebra-cabeça que distribuímos foi o do telescópio LSST, de forma que eles pudessem saber onde o telescópio se situa, o diâmetro do espelho coletor e quantos objetos possíveis serão observados depois de 6 meses de observações com este telescópio. Mais figuras do evento seguem abaixo.

Figura 2
Figura 3
Figura 4

O LIneA, por ser um laboratório que participa ativamente dos projetos de grandes telescópios, fez sua parte na SNCT!

O LIneA e o INCT do e-Universo tem como missão apoiar a participação de pesquisadores associados a instituições brasileiras em grandes levantamentos astronômicos, como os projetos Dark Energy Survey (DES), Sloan Digital Sky Survey (SDSS), Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), e o Large Synoptic Survey Telescope (LSST). O LIneA, criado em 2010, é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional ( ON), pelo Laboratório Nacional de Computação Científica ( LNCC) e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). As atividades do LIneA vem sendo apoiadas ao longo dos anos pelo MCTIC, FINEP, FAPERJ, FAPERGS e a FAPESP. O programa INCT tem o apoio do CNPq, CAPES, e FAPERJ.

Gerenciando observações astronômicas na era de grandes volumes de dados

No mês de outubro astrônomos e cientistas de dados e da tecnologia da informação se reuniram na sede do Carnegie Observatories em Pasadena, Estados Unidos, para discutir e pôr em prática soluções de software no âmbito das pesquisas em Astronomia (Figura 1). Esse tipo de engajamento no setor de softwares científicos constantemente vem adquirindo centralidade na tomada de decisões estratégicas. Na Astronomia em particular, produzimos cada vez mais e melhores catálogos a partir de observações astronômicas e, de maneira similar, a taxa de descobertas também acelera.

O TOM (Gerenciador de Alvos e Observações, em inglês) é um projeto que tem como objetivo auxiliar o desenvolvimento da próxima geração de softwares para o campo astronômico que está em rápida evolução. Os astrônomos acharam necessário criar sistemas orientados a bancos de dados para lidar com essa enxurrada de informação sobre seus alvos, suas observações e os produtos produzidos a partir dessas medidas. Com esta estratégia em mente, os sistemas TOM são e oferecem uma maneira eficiente de exibir e interagir com seus próprios dados utilizando um navegador padrão ou uma interface gráfica. Esses sistemas vem evoluindo rapidamente e já são capazes de enviar solicitações de observações automaticamente para instalações observacionais como Gemini, SOAR e a rede robótica Las Cumbres Observatory. Quando um sistema TOM está acoplado ao software de análise do astrônomo ele é capaz de conduzir programas de acompanhamento totalmente automatizados, incluindo uma resposta rápida a novos alertas onde o tempo ou a data de observação é crítica.

Figura 1: Participantes do TOM Toolkit Workshop na sede dos Observatório Carnegie em Pasadena, Califórnia, EUA. Créditos da imagem: TOM Toolkit Workshop.

Um dos portais desenvolvidos no LIneA é dedicado a este tipo de fenômeno transiente: a predição de ocultações estelares por asteroides, mantendo a tradição do desenvolvimento de pesquisa estratégica. O pesquisador Rodrigo Boufleur do ‘Grupo do Rio’ e filiado ao INCT do e-Universo que desenvolve estudos de pequenos corpos distantes do Sistema Solar esteve presente no Workshop que além de dedicar tempo a discussões científicas ajudou a promover a competitividade. Dentre outras coisas, a reunião permitiu que os cientistas presentes dessem feedback à equipe de desenvolvedores dos requisitos científicos para tais sistemas e também facilitasse a comunicação entre o time de astrônomos e o de desenvolvedores para otimizar os serviços de interface com as necessidades dos cientistas.

Um dos objetivos do evento foi sobre os preparativos para a era de observações do Large Synoptic Survey Telescope (LSST) por meio da integração com o seu antecessor para testes, o Zwicky Transient Facility (ZTF). Uma componente crítica deste levantamento são os fenômenos transientes (que variam no tempo ou no espaço) e para isso vários sistemas para alertar estas detecções estão sendo criados. No âmbito do LSST plataformas como ANTARES (Arizona-NOAO Temporal Analysis and Response to Events System), ALeRCE (Automatic Learning for the Rapid Classification of Events) e MARS (Make Alerts Really Simple) utilizam os fluxos de alertas providos pelo ZTF para filtrar e acompanhar alvos de interesse como eventos de Supernovas, entre outros.

Neste aspecto, nosso portal de análises para o Sistema Solar já processa informações de outras colaborações científicas. Atualmente está sendo preparado para rapidamente processar dados vindo de sistemas de alertas como aqueles que serão providos pelo LSST nos permitindo em tempo real otimizar posições e recalcular constantemente as características dos objetos estudados.

A seleção para participar do evento também deu ao pesquisador participante a prerrogativa de escrever uma proposta que visa financiar o desenvolvimento ou integração de sistemas similares já existentes utilizando as instalações do telescópio Gemini, SOAR e a rede de telescópios do Las Cumbres Observatory. Em breve poderemos ter mais boas notícias para confirmar a excelência do trabalho de pesquisa em produção mantido no Brasil. Para mais informações sobre os sistemas TOM não deixe de acessar https://tom-toolkit.readthedocs.io.

LIneA e o INCT do e-Universo tem como missão apoiar a participação de pesquisadores associados a instituições brasileiras em grandes levantamentos astronômicos, como os projetos Dark Energy Survey (DES), Sloan Digital Sky Survey (SDSS), Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), e o LargeSynoptic Survey Telescope (LSST). O LIneA, criado em 2010, é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). As atividades do LIneA vem sendo apoiadas ao longo dos anos pelo MCTIC, FINEP, FAPERJ, FAPERGS e a FAPESP. O programa INCT tem o apoio do CNPq, CAPES, e FAPERJ.

LSST muda as regras de participação

Numa grande reviravolta o projeto LSST liderado pelo Departamento de Energia do governo americano, representado pelo SLAC, e o National Science Foundation, representado pela AURA, recentemente alterou radicalmente a forma pela qual instituições internacionais podem participar do projeto. Ao invés de contribuições financeiras agora são solicitadas contribuições que possam reduzir o custo de operação ou adicionar valor ao projeto como tempo em outros telescópios ou conjunto de dados que possam ser usados em combinação com os dados do LSST para melhorar o resultado de análises científicas.

A parceria LIneA/INCT do e-Universo, cumprindo sua missão de apoiar a participação de pesquisadores brasileiros em grandes colaborações internacionais, pretende submeter uma proposta procurando expandir o número de pesquisadores atualmente disponíveis no Brazilian Participation Group. A proposta será baseada em grande parte no trabalho de infraestrutura realizado pelo LIneA ao longo dos mais de 10 anos de funcionamento.

Convidamos aqueles interessados de submeter alguma contribuição para consideração a entrar em contato com a coordenação do LIneA ou submeter suas idéias pelo e-mail lsst-in-kind@linea.org.br.

DESI abre seus 5.000 olhos para capturar as cores do cosmos

Um novo instrumento montado no telescópio Mayall, no Arizona capturou suas primeiras imagens no dia 22 de outubro, através de seus 5.000 “olhos” de fibra óptica apontadas para o céu noturno. Foi o primeiro teste do instrumento espectroscópico de energia escura, conhecido como DESI.

O instrumento foi projetado para explorar o mistério da energia escura, que compõe cerca de 68% do universo e está acelerando sua expansão. Os componentes do DESI são projetados para apontar automaticamente para conjuntos pré-selecionados de galáxias, reunir sua luz e depois dividi-la em faixas estreitas de cores para mapear com precisão sua distância à Terra e medir o quanto o universo se expandiu enquanto essa luz viajou até nós. Em condições ideais, o DESI pode observar um conjunto de 5.000 galáxias a cada 20 minutos.

Figura 1: Visão das galáxias e outros objetos coletados por uma série de pesquisas em preparação para o DESI. Créditos da imagem: DESI Legacy Imaging Surveys.

O marco mais recente foi a realização dos testes finais do DESI em direção ao início formal das observações no início de 2020. Como uma poderosa máquina do tempo, o DESI examinará profundamente o desenvolvimento inicial do universo – cerca de 11 bilhões de anos atrás – para criar o mapa 3D mais detalhado do mesmo.

Ao mapear a distância para 35 milhões de galáxias e 2,4 milhões de quasares em um terço da área do céu ao longo de cinco anos, o DESI nos ensinará mais sobre energia escura. Os quasares, entre os objetos mais brilhantes do universo, permitem que o DESI observe profundamente o passado do universo. O DESI fornecerá medições muito precisas da taxa de expansão do universo. A gravidade diminuiu essa taxa de expansão no universo primitivo, embora a energia escura tenha sido responsável por acelerar sua expansão em tempos mais recentes.

“Depois de uma década de planejamento, instalação e montagem, estamos muito satisfeitos que a DESI possa começar em breve sua busca para desvendar o mistério da energia escura”, disse o diretor do projeto, Michael Levi, do Departamento de Energia do Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab), a principal instituição envolvida na construção e operação do instrumento. “A maior parte da matéria e energia do universo é sombria e desconhecida, e experimentos da próxima geração são nossa melhor aposta para desvendar esses mistérios”, acrescentou Levi. “Estou emocionado ao ver esse novo experimento ganhar vida”.

“Com o DESI, estamos combinando um instrumento moderno com um venerável telescópio antigo para criar uma máquina de pesquisa de última geração”, disse Lori Allen, diretora do Observatório Nacional Kitt Peak no Laboratório National Optical-Infrared Astronomy Research.

O plano focal do DESI, que carrega 5.000 posicionadores robóticos (Figura 2) que giram em uma “dança coreografada” para se concentrar individualmente nas galáxias, fica no topo do telescópio. Esses pequenos robôs – cada um com um cabo de fibra óptica com a largura média de um cabelo humano que capta a luz – servem como olhos do DESI. Os posicionadores levam cerca de 2 segundos para girar para uma nova sequência de galáxias alvo, permitindo mapear cerca de 20 vezes mais objetos do que qualquer experimento anterior.

Figura 2: Plano focal totalmente instalado da DESI, que possui 5.000 posicionadores robóticos automatizados, cada um carregando um cabo de fibra óptica para reunir a luz das galáxias. Créditos da imagem: DESI Collaboration.

Entre as chegadas mais recentes ao Kitt Peak, está a coleção de espectrógrafos projetados para dividir a luz coletada em três faixas de cores separadas para permitir medições precisas de distância das galáxias observadas em uma ampla gama de cores. Esses espectrógrafos, que permitem que os olhos robóticos do DESI “vejam” até galáxias distantes e fracas, são projetados para medir o desvio para o vermelho, que é uma mudança na cor dos objetos para comprimentos de onda mais longos e vermelhos devido ao movimento dos objetos para longe de nós. Atualmente, existem oito espectrógrafos instalados, com os dois finais chegando antes do final do ano. Para conectar o plano focal aos espectrógrafos, localizados abaixo do telescópio, o DESI está equipado com cerca de 250 km de cabos de fibra óptica.

“Este é um momento muito emocionante”, disse Nathalie Palanque-Delabrouille, porta-voz do DESI e pesquisadora de astrofísica da Comissão de Energia Atômica da França (CEA), que participou do processo de seleção para determinar quais galáxias e outros objetos o DESI observará. “O instrumento está todo lá. Foi muito emocionante fazer parte disso desde o início”, disse ela. “Este é um avanço muito significativo comparado às experiências anteriores. Ao olhar para objetos muito distantes de nós, podemos realmente mapear a história do universo e ver do que o universo é composto olhando para objetos muito diferentes de diferentes épocas”. A instituição de Palanque-Delabrouille, CEA, contribuiu com um sistema de refrigeração especializado para otimizar o desempenho dos sensores de luz (conhecidos como CCDs ou dispositivos acoplados a carga) que permitem a ampla faixa de amostragem de cores da DESI.

Gregory Tarlé, professor de física da Universidade de Michigan (UM), liderou as equipes de estudantes que montaram os posicionadores robóticos para DESI e componentes relacionados disse que é gratificante chegar a um estágio no projeto em que todos os componentes complexos da DESI estão funcionando juntos. A universidade entregou um total de 7.300 posicionadores robóticos, incluindo peças de reposição. Durante o pico de produção, as equipes produziam cerca de 50 posicionadores por dia. “Foi um processo e tanto”, disse Tarlé. “Estávamos no limite de precisão para essas peças de produção.”

Os posicionadores foram instalados nas pétalas do plano focal no Berkeley Lab e, após a montagem e o teste, as pétalas concluídas foram enviadas para Kitt Peak e instaladas uma de cada vez no Telescópio Mayall.

Figuras 3 e 4: Máquina utilizada para instalar uma “pétala” em forma de cunha no plano focal da DESI, instalado no Telescópio Mayall, no Observatório Nacional Kitt Peak, perto de Tucson, Arizona. Créditos da imagem: Christian Soto.

Agora que o trabalho duro de construir o DESI está em grande parte concluído, Tarlé disse que está ansioso pelas descobertas do DESI. “Quero descobrir qual é a natureza da energia escura”, disse ele. “Finalmente, tentamos realmente entender a natureza dessas coisas que dominam o universo.”

A colaboração DESI tem participação de quase 500 pesquisadores em 75 instituições em 13 países. Do Brasil participam seis pesquisadores graças ao apoio do LIneA e do INCT do e-Universo.

LIneA e o INCT do e-Universo tem como missão apoiar a participação de pesquisadores associados a instituições brasileiras em grandes levantamentos astronômicos, como os projetos Dark Energy Survey (DES), Sloan Digital Sky Survey (SDSS), Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), e o LargeSynoptic Survey Telescope (LSST). O LIneA, criado em 2010, é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). As atividades do LIneA vem sendo apoiadas ao longo dos anos pelo MCTIC, FINEP, FAPERJ, FAPERGS e a FAPESP. O programa INCT tem o apoio do CNPq, CAPES, e FAPERJ.

INCT do e-Universo e Planetário-RJ realizaram ciclo de palestras

A Fundação Planetário do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do e-Universo (INCT do e-Universo) realizaram, no Planetário do Rio de Janeiro, um ciclo de palestras sobre atualidades astronômicas durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2019. Este evento fez parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2019.

Os temas foram relacionados com os estudos efetuados em diversos programas observacionais internacionais que são apoiados pelo INCT do e-Universo. As palestras duraram de 30-40 minutos. O ponto alto foi que após as mesmas os palestrantes estiveram disponíveis para responder perguntas e conversar informalmente com os ouvintes. Tivemos seções de perguntas por mais de uma hora, feitas por uma platéia bastante curiosa sobre as novidades apresentadas.

Programa:

21 de outubro (2ª feira): A escuridão do Universo – Marcio Maia

22 de outubro (3ª feira): Os confins do sistema solar – Julio Camargo

23 de outubro (4ª feira): Revelando segredos da Via Láctea – Adriano Pieres

24 de outubro (5ª feira): Um novo mensageiro sideral: ondas gravitacionais – Ricardo Ogando

LIneA e o INCT do e-Universo tem como missão apoiar a participação de pesquisadores associados a instituições brasileiras em grandes levantamentos astronômicos, como os projetos Dark Energy Survey (DES), Sloan Digital Sky Survey (SDSS), Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), e o LargeSynoptic Survey Telescope (LSST). O LIneA, criado em 2010, é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). As atividades do LIneA vem sendo apoiadas ao longo dos anos pelo MCTIC, FINEP, FAPERJ, FAPERGS e a FAPESP. O programa INCT tem o apoio do CNPq, CAPES, e FAPERJ.

A escuridão do Universo - Marcio Maia

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A escuridão do Universo - Marcio Maia

INCT do e-Universo incentiva a equipe a aperfeiçoar o conhecimento da língua inglesa

Desde o dia 6 de agosto de 2019 estão sendo ministradas aulas de inglês presenciais semanais para os integrantes da equipe do INCTLIneA alocados fisicamente no prédio localizado no campus do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro.

Ao todo, 19 membros do INCT/LIneA se inscreveram para participar das aulas, ministradas pela professora Marcia Moura (Figura 1), que possui grande experiência no ensino de idiomas para turmas em ambientes corporativos. A identificação do nível dos alunos foi feita através de entrevistas individuais com o objetivo de reunir na mesma turma os alunos com o mesmo nível de conhecimento do idioma, o que levou a criação de três turmas.

Figura 1: A professora Marcia Moura ministrando aulas para turmas no INCT/LIneA.

As aulas estão sendo parcialmente financiadas pelo INCT do e-Universo, sendo que os alunos estão contribuindo com 50% do custo. Esta iniciativa tem como objetivo proporcionar às equipes uma oportunidade de aprendizado e aprimoramento da língua inglesa, uma vez que o domínio deste idioma é muito importante para quem participa em projetos internacionais e interage constantemente com pesquisadores e tecnologistas de diversos países. Uma possibilidade que está em avaliação é a de estender a participação nas aulas para alunos que não ficam alocados fisicamente no campus do Observatório Nacional, através da ferramenta Zoom que o INCT/LIneA utiliza para incluir participantes remotos nas suas reuniões.

LIneA é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos. O LIneA e o INCT do e-Universo também apoiam brasileiros participantes de grandes levantamentos astronômicos, como os projetos internacionais SDSS, DES, DESI, e LSST.

Membros do LIneA participam de reunião anual do LSST

De 12 a 16 de Agosto de 2019 foi realizado o encontro anual da colaboração LSST. A reunião contou com a participação de mais de 300 pessoas (figura 1) entre tecnologistas e pesquisadores do projeto sendo uma excelente oportunidade para se ter uma visão panorâmica do progresso nas diferentes áreas de atividade, com ênfase na fase de construção. A reunião consiste um intensa agenda com mais de 100 sessões entre plenárias, paralelas, atividades práticas e encontros informais. Este ano participaram da reunião três membros do LIneA financiados pelo INCT do e-Universo, que procuraram cobrir as sessões de maior interesse dos membros do Grupo de Participação Brasileiro.

Figura 1 – Foto de grupo dos participantes da Nona reunião 9th LSST Project and Community Workshop. Crédito da imagem: LSST.

As plenárias trataram do status da construção do telescópio, cronograma das diversas áreas de atividades, em particular do comissionamento da câmera de teste e do telescópio, destaques das colaborações científicas, e um resumo de todas as sessões paralelas. As sessões paralelas cobriram uma grande variedade de assuntos técnicos do projeto, ferramentas para acesso aos dados (ButlerLSST Science Platformbrokers), planejamento das colaborações científicas e divulgação. Alguns destaques da reunião para os membros do Grupo de Participação Brasileiro (BPG) são:

  • Apesar das recentes mudanças relativas ao direito de acesso a dados estas não afetam em nada o acordo de parceria com o Brasil estabelecido em 2015 e não requer nenhuma ação da nossa parte, ao contrário de outros colaboradores internacionais.
  • Existe ainda a possibilidade de obtenção de mais posições, desde que sejam identificadas contribuições de infraestrutura que o projeto considere de interesse. Uma chamada neste sentido solicitando cartas de interesse deve acontecer até outubro.
  • Submetemos, com o apoio da LSST Corporation, à Fundação Templeton um projeto para a implantação de uma rede de telescópios robóticos para a observação de ocultações estelares, cujos alvos aumentarão significativamente na era do LSST.
  • O coordenador do LIneA e o responsável pela câmera do LSST acertaram os detalhes para o desenvolvimento de um visualizador de imagens (figura 2) a ser usado no telescópio cujo protótipo desenvolvido pelo time de TI do LIneA havia sido apresentado anteriormente.
Figura 2 – Visualizador de imagens sendo desenvolvido pelo LIneA para ser usado após a leitura da imagem dos 189 CCDs correspondendo a um total de 3.2 Gpixels. Os números representam a identificação dos CCDs. (Crédito da imagem: LIneA)
  • O coordenador e uma pesquisadora do LIneA se reuniram com a diretora de educação e divulgação científica do LSST para identificar potenciais colaborações nessa área.
  • Foi discutida a possibilidade do LIneA se associar a LSST Corporation, o que traria enormes benefícios na preparação da nossa equipe para a era do LSST.
  • Foi avaliada a possibilidade da ida de técnicos do LIneA ao SLAC para se familiarizar com o banco de dados QSERV.
  • O LSST é uma realidade. Um cronograma (figura 3) para os próximos três anos (2020-2022) de liberações de dados (imagens e catálogos) obtidos durante o período de comissionamento e verificação científica (figura 4) foi apresentado. Isto coloca uma pressão adicional no LIneA para estar pronto para participar desta oportunidade.
Figura 3 – Cronograma apresentado para as liberações de dados previstos pelo projeto para os pesquisadores com data rights. (Crédito da imagem: LSST)
Figura 4 – Descrição do conjunto de dados que devem ser liberados nos próximos três anos. (Crédito da imagem: Robert Blum)
  • A importância da participação dos membros do BPG no LSST Stack Club, uma reunião remota quinzenal onde os participantes desenvolvem aplicações e tutoriais para o Science Platform (figure 5).
Figura 5 – Interface do LSST Science Platform que será a forma de acessar e analisar os dados do LSST. (Crédito da imagem: LSST)

LIneA é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos. O LIneA e o INCT do e-Universo também apoiam brasileiros participantes de grandes levantamentos astronômicos, como o projeto DESI, o DES e o próprio LSST.

Recente progresso na câmera de teste do LSST

No dia 8 de agosto, o perfil do laboratório SLAC (Stanford Linear Accelerator Center) fez uma publicação em seu perfil do Twitter (com mais de 20 mil seguidores) sobre a instalação do primeiro “raft” científico no foco da câmera do Large Synoptic Survey Telescope (LSST) realizada pela equipe do SLAC. O tweet foi repostado pelo perfil do LSST (Figura 1): “A equipe de câmera do LSST instalou o primeiro dos 21 “rafts” científicos – conjunto três por três sensores de imagem de última geração; juntos, eles obterão imagens de 3,2 gigapixels do céu noturno, que, com o tempo, produzirão o maior filme astrofísico do mundo.” Atualmente, o time de TI do LIneA está desevolvendo um sistema de software para a visualização e validação dessas imagens imediatamente após eles serem adquiridas. Um protótipo do software (Figura 2) já foi apresentado a equipe da câmera. Após conversas realizadas com o responsável durante a reunião anual do LSST foi decidido que o objetivo agora é instalar o sistema nos laboratórios de Tucson onde a câmera de teste Comcam, com apenas um raft, está sendo montada para testes. Isto será o primeiro passo para a integração do sistema no laboratório do SLAC onde a grande câmera está sendo montada.

Figura 1: Publicação repostada no perfil do LSST no Twitter.
Figura 2: Interface expviewer sendo desenvolvida pelo time de TI do LIneA para visualização de imagens da câmera do LSST.

SLAC National Accelerator Laboratory é um Laboratório Nacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos operado pela Stanford University sob a direção programática do Departamento de Energia dos EUA e localizado na Califórnia.

LIneA é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos. O LIneA e o INCT do e-Universo também apoiam brasileiros participantes de grandes levantamentos astronômicos, como o projeto DESI, o DES e o LSST.

O INCT do e-Universo promove semana de treinamento para jovens pesquisadores

Nos próximos dias, na semana de 2 a 6 de setembro, o LIneA e o INCT do e-Universo promovem a primeira edição do “LIneA Bootcamp”, um evento que muito além de mostrar a estrutura e organização do laboratório tem o objetivo de familiarizar novos membros, inclusive do Brazilian Participation Group/LSST, com o funcionamento e os serviços disponibilizados pelo LIneA. O “LIneA Bootcamp” contará com apresentações, tutoriais e aulas práticas preparadas por parte de pesquisadores, membros das equipes técnicas e do grupo de gestão do LIneA.

Figura 1

A equipe técnica e de gestão conta com 26 profissionais de diversas instituições, nacionais e internacionais, que irão abordar diversos temas que vão desde a organização, protocolos e padrões utilizados no LIneA , ferramentas astronômicas disponíveis para a análise de dados, o uso avançado da infraestrutura oferecida pelo laboratório, a criação de pipelines para o uso dos portais científicos, aprendizado e utilização de notebooks a partir da plataforma JupyterLab , colaborações científicas, análise de dados do Dark Energy Suvery, requisitos para a era do LSST, divulgação científica, entre outras atividades.

Figura 2

O evento contará com a presença local e remota de 26 participantes de diversos estados do Brasil e do exterior, oriundos de 14 instituições de ensino e pesquisa. As atividades ocorrerão diariamente no prédio do LIneA localizado no campus do Observatório Nacional, das 9 às 17 horas. Tendo em vista o interesse de ter o maior número de alunos presentes, o INCT do e-Universo está financiando com auxílio viagem e hospedagem a maioria dos participantes.

Quer saber mais? Fale com alguém do nosso comitê organizador. Basta enviar um e-mail para: bootcamp@linea.org.br.

Boas-vindas à colaboradora Julia Gschwend

Dando continuidade às atividades de sustentação do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), solicitadas pelo MCTIC no final de 2017, damos as boas-vindas à colaboradora Julia Gschwend (Figura 1), analista de sistemas sênior. Julia é graduada em Física, tem mestrado em Astronomia e está concluindo o doutorado também em Astronomia. Ela é afiliada ao LIneA desde 2012, participa do levantamento Dark Energy Survey (DES-Brazil) desde 2013 e do INCT e-Universo e BPG-LSST desde 2016. Além de membro da colaboração DES, Julia também é builder desde 2016, sendo reconhecida pelos serviços de infraestrutura prestados para a colaboração e creditada nos artigos que utilizam dados gerados com a sua contribuição.

Ainda em 2016, Julia participou da escola NEON de astronomia observacional no European Southern Observatory (ESO), no Chile, que incluiu atividades práticas nos telescópios ESO NTT e Danish 1,54 m. Na ocasião, os participantes tiveram a oportunidade de ter experiência no ciclo completo, desde a preparação da proposta até a redução de dados. Em 2018, ela também participou do Workshop em Visualização e Exploração de Dados na era do LSST, promovido pelo projeto LSST no National Center for Supercomputing and Applications (NCSA), em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, complementando sua formação com especialização nas técnicas e ferramentas mais modernas de exploração e visualização de grandes volumes de dados.

Figura 1: Doutoranda Julia Gschwend no observatório La Silla, no Chile.

Durante a pós-graduação, Julia participou representando o LIneA em diversas edições das reuniões de colaboração, tanto no projeto DES (Barcelona 2013, Urbana-Champaign 2014, Cambridge 2016 e Campinas 2018) quanto no LSST (Tucson, 2018 e 2019). No DES, Julia desenvolveu trabalhos como o artigo que liderou sobre a medição de distância no espaço utilizando o DES, falando sobre as soluções computacionais desenvolvidas no portal científico para a medição de distâncias de galáxias em grande escala, e como este é um desafio importante na astronomia. Atualmente ela é a pessoa responsável pela manutenção e distribuição de catálogos de redshifts espectroscópicos que são utilizados para treinamento e validação de métodos de cálculo de redshifts fotométricos do DES. No LSST, Julia participa da força-tarefa Data Management Stack Club e do grupo de trabalho Galaxies Science Collaboration, onde trabalha na preparação de novos pipelines e na adaptação de métodos existentes para atender à escala da ciência que será feita no novo levantamento.

No início deste ano, a doutoranda participou da 17ª edição do Programa de Verão do Laboratório Nacional de Computação Científica ( LNCC), com cursos de análise de dados e algoritmos e modelos de programação. No evento, Julia deu uma palestra apresentando de forma geral o LIneA e os produtos oferecidos, como as ferramentas de acesso a dados, de visualização e de análise, além de descrever o funcionamento do portal científico para análises do levantamento DES. Na RNP, a analista atuará ativamente no planejamento, desenvolvimento e implementação de um portal de software para utilização de grandes volumes de dados, em catálogos produzidos para a comunidade de pesquisa em Astronomia, com ênfase em pipelines científicos. Utilizará técnicas de ciência de dados para solução de problemas de big science e otimização de workflows, visando garantir a qualidade de catálogos produzidos e a estabilidade dos pipelines envolvidos.

Desejamos sucesso!

LIneA é um laboratório apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos. O LIneA e o INCT do e-Universo também apoiam brasileiros participantes de grandes levantamentos astronômicos, como o projeto DESI, o DES e o LSST.